Um pouco de mim
Sou Williana, filha de Maria da Penha e Washington. Nasci de uma cesariana por um desejo da minha mãe em fazer a laqueadura das trompas (mas, pelo menos, respeitaram o meu “dia de nascer”). Sou a caçula de três filhos e tive uma vida intensa e bem vivida.
Fui uma menina que brincou muito na infância e fez muitas amizades. Gostava de estudar e de ser a primeira da classe nas notas, como troféu para apresentar pros pais.
Gostava de ler, ver filmes, ouvir músicas e dançar, além de boa conversa com os amigos. Aos 13 anos, me converti ao catolicismo e comecei a participar de forma efetiva da Igreja, me identificando e servindo cada vez mais.
Depois veio o trabalho aos 18 anos e a faculdade aos 20 (cursei administração pois já atuava na área, e pra mim, na época, era o mais coerente a se fazer). Aos 25 anos conheci uma comunidade da Igreja Católica, e respondi um chamado particular de viver a vida missionária.
Minha trajetória
Nessa comunidade, me dediquei a uma intensa vida missionária, de pregação, formação, retiros, missões de rua, música, dança, atendimentos, pastoreio e tudo aquilo que me identificava ao carisma particular, que era resgatar a dignidade dos filhos de Deus, em sua mais pura essência, trazendo o sentido da vida novamente.
Lá também encontrei o Márcio, grande amor da minha vida. Ficamos três anos entre namoro e noivado, e em fevereiro de 2011 nos casamos. Vivemos o Método de Ovulação Billings até hoje como planejamento natural familiar, e tivemos três gestações, geradas com muito amor, mas que por não evoluírem, nosso filhos hoje habitam o céu, mas seguimos na meta de ter outros aqui conosco também, se essa for a vontade de Deus.
O amor pela feminilidade
Dentro da missão, sempre me identifiquei com o universo feminino. Acompanhava mulheres em suas diversas dificuldades e desafios em se descobrir mulher, diante de tanta marcas que trazemos da nossa história. Buscando na literatura e na Bíblia, a verdade e a identidade de cada uma de nós, na mais pura essência de nossa criação quando Deus nos pensou e formou.
Relacionamentos, descobertas do corpo, fertilidade, casamento, maternidade, sempre foram assuntos que despertavam meu interesse. Me formei terapeuta sistêmica familiar, além de instrutora do MOB, buscando cada vez mais ajudar mulheres a se encontrarem com sua própria identidade e perceberem a força que há nelas.
Porque doula
Após doze anos de dedicação exclusiva, eu e meu esposo nos desligamos da Comunidade, e ao me deparar com o “mundo externo” novamente, surgiu o grande questionamento “O que fazer na vida?”. Foi então, que no mesmo mês, vejo que por providência divina, vi um cartaz de um Curso de Formação para doulas com perspectiva cristã que iria acontecer em Minas, mas eu nem sabia o que era doula. Aquele cartaz mexeu comigo, algo diferente me inquietou.
Pesquisei o que era doula, e ao ler, disse pra mim: “é isso que quero fazer”. Me inscrevi, na cara e na coragem, fui pra outra cidade, fiquei uma semana “imersa”, e me apaixonava em cada dia de curso, me maravilhando por tamanha perfeição do corpo da mulher e da maternidade. E é claro que também me deparei com todas os impecilhos que o sistema obstétrico põe sobre a mulher fazendo com que ela desconfie de sua capacidade de dar a luz.
Minha atuação
Hoje eu costumo dizer que “sempre fui doula, só demorei um pouco pra descobrir”. E essa é a grande motivação da minha vida: preparar, informar, acompanhar e estar ao
lado de mulheres, trabalhando com evidências científicas, para que tenham a melhor experiência positiva de parto. Desejo sempre dar uma assistência digna e respeitosa, servindo com alívio de dor, exercícios, massagens, apoio emocional e espiritual, para que o nascimento seja assistido pelo Amor, que é capaz de transformar todas as coisas.
Sigo meu caminho, aprendendo a cada dia e buscando recursos para ser melhor na minha assistência. Quer me conhecer mais? Vamos marcar um café pra bater um papo sobre esse maravilhoso mundo do parto e da maternidade.
Atendo na Grande Vitória. Também sou Educadora Perinatal, facilitadora de aleitamento materno, ensino Shatala, promovo encontro e rodas de gestantes/casais e sigo meu caminho acolhendo a quem chegar.
Abraços
Referências
1 – Jô Croissant. A mulher sacerdotal. 2013. Editora Santuário
2 – Érica de Paula, Eduardo Chauvet (2013). O renascimento do parto. Documentário disponibilizado na Netflix.
3 – Estudando sobre doulas:
//estudamelania.blogspot.com/2012/08/estudando-sobre-doulas.html
4 – Evidências sobre o suporte contínuo no trabalho de parto/parto:
//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000500003
//www.cochrane.org/pt/CD003766/apoio-continuo-para-mulheres-durante-o-parto
5 – Evidências qualitativas sobre o acompanhamento de doulas no trabalho de parto/parto:
//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012001000026&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt